Assim, realizamos uma breve pesquisa a nível de Conselhos Regionais de Psicologia Brasileiros (CRPs), com a finalidade de ter acesso a prevalência de profissionais que atuem na área. Nesse sentido, estes órgãos não souberam informar sobre a existência de profissionais na área. Então, tentamos manter contato via e-mail com algumas empresas em todo o Brasil, mas não obtivemos resposta. Sendo assim, uma vez que faz parte das atribuições do psicólogo social atuar junto aos meios de comunicação, assessorando quanto aos aspectos psicológicos nas técnicas de comunicação e propaganda, procuramos entrevistar psicólogos sociais da cidade de João Pessoa-PB, de modo que apenas um deles nos respondeu a entrevista por e-mail. Justifica-se ainda o fato de as entrevista terem sido realizadas por e-mail pela dificuldade de acesso pessoal a estes psicólogos. A seguir apresentamos a entrevista realizada.
Entrevista: Trabalho realizado para a disciplina de ética
1- Instituição em que se formou?
Universidade Federal da Paraíba.
2- Tempo de formação?
Cinco anos. Finalizei a graduação em 2003.
3- Tem pós-graduação?
Mestrado de 2003 até 2005 e doutorado de 2006 até hoje.
4- Área de atuação?
Psicologia social, psicologia ambiental e adaptação e desenvolvimento de medidas psicométricas.
5- O código de ética da Psicologia não trata especificamente do trabalho do psicólogo na publicidade/propaganda, sendo assim, você como psicólogo social que percepção tem acerca da prática nesta área, visto que compete também ao psicólogo social atribuições nesse campo?
A atuação nesta área não deixa de ser reportada no código de ética, embora não seja tratada especificamente. Em geral, a atuação do psicólogo social nesta área implica na realização de pesquisa e aplicação de teorias, tal como percepção, atitudes e persuasão. O corpo teórico da psicologia social constrói-se a partir de estudos realizados com seres humanos e animais, que respeitam as diretrizes éticas. De modo geral, o código de ética do profissional de psicologia, assim como tantos outros, carece de mecanismos reguladores mais eficazes e eficientes, ao invés de múltiplas especificidades, pois a partir de um princípio ético, derivam-se várias regras de conduta, por exemplo, a verdade e a transparência.
6- Enquanto profissional que não necessariamente trabalha diretamente com a questão da publicidade e propaganda, mas pode exercer algum tipo de influência sobre os profissionais que atuam nessa área, de que princípios você se vale para exercer esta função?
Resumidamente, a psicologia da publicidade e da propaganda tem sido destituída, na atualidade, da sua condição de um eficiente instrumento de trabalho para os publicitários devido à escassez de estudos na área. De forma bastante ampla, esse ramo da Psicologia tornou-se um campo carente de estudos, pesquisas e principalmente de resultados em forma de literatura em nosso país (Bachaman, 2003).
Para ver mais trabalhos publicados na área, acessar os seguintes links:
http://forum.imasters.uol.com.br/index.php?showtopic=21546
http://reposcom.portcom.intercom.org.br:8081/bitstream/1904/17169/1/R1885-1.pdf