quinta-feira, 28 de agosto de 2008

As aflições humanas e a felicidade



A felicidade, mais que um fenômeno emocional de exacerbação pessoal eufórica pode ser considerado um fenômeno social. Este aspecto pode ser visto ao passo em que não se pode falar de uma definição de felicidade já que se pode perceber a existência de diversas “felicidades” que se caracterizam pelos distintivos dos mais variados grupos. Estes fatores vão do aspecto econômico ao modo de inter-relação entre as pessoas. Assim, o que pode ocasionar felicidade para um determinado povo, já não faz tanta diferença pra a alegria de um outro. Isso não exime o fato de que alguns fatores podem imperar em comum para mais de uma sociedade.
Sendo também social, a felicidade adquire feições que se dividem em aparências positivas e negativas e não só nas primeiras como a sociedade do senso geral costuma a ver. O prazer que a felicidade me dá pode ser conseqüência de ações que perturbem o bem-estar de outros, o que não pode ser considerado positivo para os indivíduos em si e para a coletividade como um todo. Assim, aspectos éticos estão envolvidos na existência de uma chamada felicidade. Até que ponto a minha felicidade não vai atingir a liberdade, a tranqüilidade e a felicidade do outro? É um dos pontos a que temos de questionar...
Deste modo, aprendamos a refletir sobre nossa atuação social e principalmente sobre nossas emoções. Pois como já dizia Epicuro, “é preciso cuidar das coisas que trazem a felicidade, já que, estando esta presente, tudo temos, e sem ela, tudo fazemos para alcançá-la”. Para tanto, é valido inclusive praticar e cultivar os ensinamentos daqueles que são mais experientes no exercício da “alegria”, atentando para os elementos fundamentais para uma vida feliz, mas que acima de tudo respeite a possibilidade do outro também ser feliz.

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